sexta-feira, 18 de abril de 2014

O Começo!!!

Olá a todos/as que possam visitar este espaço. A decisão para fazer este pequeno blog já vinha amadurecer na minha cabeça há algum tempo. Desde que descobri a minha doença (a espondilite) e desde que comecei a tentar engravidar que muitas leituras e pesquisas tenho feito sobre estas duas dimensões: a infertilidade e a espondilite. No meu caso as duas estão de mãos dadas e ainda temos um longo percurso a realizar.

Resumindo: Foi-me diagnosticada espondilite anquilosante em 2011 ao fim de muitos exames e alguns internamentos no hospital. Desde aí que faço anti-inflamatorios diariamente, contudo, segundo o reumatologista, deveria começar a fazer imunosupressores. Mas fazer esta medicação implica não poder engravidar. Como tal, em 2012 resolvemos começar os nossos treinos para podermos ter o nosso filho. Ao fim de um mês deixei de menstruar e pensei que estaria grávida. Mas não! Testes e mais testes negativos e ao mesmo tempo tinha sintomas muito estranhos: transpirava bastante, tinha imensos calores, sono, dores de cabeça e a menstruação não aparecia. Resolvi procurar ajuda de um ginecologista, por aconselhamento da minha médica de família. A primeira consulta não foi animadora. Fiz análises e exames que acabaram por demonstrar que os meus ovários não estavam a funcionar assemelhando-se aos de uma pessoa com 40 e tal anos. Fiquei bastante aterrorizada e como medo. Comecei a fazer uma medicação e ao fim de um mês o cenário era bem melhor que inicialmente. Contudo, aqui voltaram as crises relacionadas com a doença. Deixei de conseguir andar, de me levantar e mexer e inevitavelmente tive de fazer uma dose excessiva de vários medicamentos receitados pelo reumatologista. Mais uma vez fui chamada atenção para o facto de ter de mudar de medicação pois a que tomo diariamente não está a fazer efeito. Fiz a medicação aconselhada pelo medico e dali algum tempo voltei a não menstruar. Segundo o ginecologista, devia-se a medicação que fiz que fez com que dessemos vários passos atrás. Das vezes seguintes em que tive crises tentei apenas tomar anti-inflamatórios e analgésicos para ver se não voltava andar para trás. Contudo, nem sempre conseguia menstruar e o positivo tardava em aparecer. Tomei dufine durante alguns ciclos para estimular a ovulação mas mesmo assim não conseguia que tal sempre acontecesse. O reumatologista de um lado a dizer que o melhor seria adiar o sonho de engravidar por agora, o ginecologista argumentava que era melhor tentar antes que fosse tarde. Ao fim de um ano resolvemos procurar ajuda numa clínica de infertilidade quer por sugestão do reumatologista quer do ginecologista. Fizemos vários exames que acabaram por comprovar que tenho uma baixa reserva ovárica e provavelmente quando ovulo os óvulos são de má qualidade. A juntar a isto o meu marido tem espermatozóides de má qualidade (apenas 1% de normais). Assim temos um problema de teratozospermia e de baixa reserva ovárica. Esta baixa reserva ovarica pode ser por causa da inflamação da doença, no entanto, nunca iremos se saber se não tivesse a doença também não teria este problema.
Vamos iniciar hoje as injeções para estimular os ovários e fazermos a nossa primeira FIV/ICSI dentro de poucos dias.

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